domingo, 22 de novembro de 2009

Prótons em circulação: LHC é ligado na Europa

Após 14 meses desativado, o Grande Colisor de Hádrons, ou LHC, voltou a operar no final da tarde de sexta-feira e segundo os pesquisadores do Centro Europeu de Investigação Nuclear (CERN), as primeiras análises não apontam qualquer problema com o gigantesco acelerador.


A primeira circulação do feixe de prótons ocorreu no interior do túnel a um potencial baixo de energia da ordem de 450 giga elétrons-volt (GeV), mas será lentamente ampliado até atingir 7 tera elétrons-volt (TeV), quando ocorrerão as primeiras colisões que deverão romper as partículas injetadas, objetivo principal da máquina.

Os cientistas injetaram o primeiro feixe de prótons às 16 horas pelo horário de Brasília e três horas depois de disparado já havia completado 500 voltas ao redor do túnel, mas à medida que a voltagem era ampliada, maior era velocidade de circulação. Neste momento os pesquisadores confirmavam a detecção das partículas nos quatro detectores do LHC.

Enquanto o feixe era acelerado, uma equipe de avaliação se reunia para decidir sobre a injeção do segundo feixe, que deveria ser disparado do lado oposto do túnel. Alguns minutos depois a órbita do feixe 1 já havia completado 100 mil voltas e instantes depois era confirmado que as partículas já haviam circulado o túnel por 10 milhões de vezes.
 

Os magnetos de aceleração do feixe 2 foram acionados 4 horas após o disparo do feixe 1 e cinquenta minutos depois já haviam orbitado o túnel de 27 km por 11 mil vezes. Neste momento os cientistas confirmaram que os detectores estavam registrando a passagem do feixe. Algumas horas depois as partículas já haviam completado 15 milhões de órbitas.

Durante o experimento nenhuma colisão foi registrada, mas estima-se que em janeiro de 2010 os primeiros choques já sejam possíveis, quando as partículas estarão circulando próximas à velocidade da luz.

Fotos: No topo, cientistas do LHC comemoram o momento da confirmação de que o feixe de partículas havia completado a primeira órbita dentro do túnel. Acima, painel mostra os primeiros instantes do experimento, quando o feixe era acelerado a apenas 4.5 giga elétrons-volt, dado mostrado no canto superior esquerdo da tela. Crédito: CERN.

Fonte: Inovação Tecnológica

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